Terreno da Usina de Asfalto dá lugar a 417 unidades de habitação popular

No terreno, já descontaminado, serão construídas quatro torres de HIS e um conjunto comercial

Como o Barra News adiantou em 15 de janeiro de 2019, o local onde funcionava a Usina de Asfalto da prefeitura, um amplo terreno no final da Rua do Bosque, na Barra Funda, dará lugar a um conjunto de moradias populares.

Na manhã daquele dia, com a presença do então prefeito Bruno Covas, recentemente falecido, eram oficialmente encerradas as atividades da Usina de Asfalto, que funcionou durante 67 anos na região. Na oportunidade, Covas informou que o terreno seria repassado ao governo do Estado para a construção de habitações populares.

Inaugurada em 1951, a fábrica de asfalto que funcionava no local abastecia diariamente as equipes da prefeitura que trabalham na manutenção das ruas e avenidas da cidade.

Reivindicações de fechamento da usina vem de longa data, devido aos problemas de saúde que causava nos moradores da região, por conta da elevada poluição e dos níveis também altos de barulho.

Obras já foram iniciadas. Torres serão semelhantes à da PPP Luz

4 torres e 1 conjunto comercial

O local que transtornou por anos a vida dos moradores das imediações vai agora realizar o sonho de casa própria de centenas de famílias de baixa renda.

Segundo Barra News apurou junto à Secretaria de Estado da Habitação, a área da antiga Usina de Asfalto disponibilizada pela prefeitura paulistana foi incorporada ao contrato de Parceria Público-Privada (PPP), mantido pela pasta em áreas centrais da cidade de São Paulo.

No local serão implantadas 417 unidades de habitação de interesse social (HIS), distribuídas em quatro torres, além de um conjunto comercial.

Segundo a secretaria estadual da Habitação, a construção das unidades já teve início e foi precedida por um completo processo de descontaminação ambiental do terreno, realizado pela Concessionária PPP Habitacional Lote 1 S/A, contratada pelo Estado.

A Parceria Público Privada (PPP) do Centro é uma parceria do setor público com a iniciativa privada, para ampliar a oferta de habitação a famílias de baixa renda.

Prédios da PPP Centro, já entregues pelo governo estadual

O modelo, segundo informa a Secretaria da Habitação, é pioneiro. É a primeira PPP da Habitação do país e prevê a construção de 3.683 moradias no Centro de São Paulo, com 2.260 habitações de interesse social, voltadas para famílias com renda de um a cinco salários-mínimos, que trabalham na região central da capital paulista e têm o financiamento subsidiado pelo Governo do Estado.

O governo do Estado já entregou 1.653 apartamentos da PPP do Centro, sendo 126 na Rua São Caetano, 91 na Alameda Glete; 914 no Complexo Júlio Prestes I; 216 no Complexo Júlio Prestes II, 96 no Residencial Gusmão e 210 no Complexo Mauá. Desse total de unidades, 522 foram entregues na atual gestão.

Além das moradias, informa ainda a Secretaria de Estado da Habitação, a PPP do Centro realizou a reforma do 2º  Grupamento do Corpo de Bombeiros, a revitalização da Praça Júlio Preste e entregou uma creche para 162 crianças de 0 a 3 ano e 11 meses. Foram entregues também 56 lojas no Complexo Júlio Prestes e 1 loja no Residencial Gusmões, para promover o comércio local.

Confirma entrevista com o secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Flavio Amary

A Usina de Asfalto, quando do encerramento de suas atividades, em janeiro de 2019

O terreno já livre das edificações e equipamentos que faziam parte da Usina de Asfalto