Fim da usina de asfalto pode estar próximo
O secretário Marcos Penido (penúltimo da esq. para dir.) e moradores do entorno da usina |
Um grupo de moradores do entorno estiveram reunidos, na
tarde de 11/10, com o secretário municipal das Prefeituras Regionais, Marcos
Penido, em mais um capítulo de uma longa novela sobre o fechamento da usina de
asfalto da prefeitura de São Paulo, na Barra Funda, um verdadeiro transtorno na
vida de quem reside na região, por causar muito barulho, muita poluição e
consequentemente frequentes problemas de saúde.
A reunião, na qual a prefeitura se comprometeu a realizar
algumas ações para minorar a situação, aconteceu sob a mediação do promotor Geraldo
Rangel de França Neto, da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital
A usina fica na Rua do Bosque e não precisa ser morador
para sentir a poluição. Basta passar por lá. A pendenga vem de longa data, e depois
de um acordo recente entre o Ministério Público e a prefeitura era para a usina
ter sido fechada no fim de setembro, mas isso não aconteceu, devido à interferência
do Tribunal de Contas do Município (TCM) no processo licitatório de novas
empresas para prestar os serviços.
Durante a reunião, o secretário Marcos Penido reiterou de
forma veemente que a prefeitura tem o maior interesse em cumprir o que foi
acordado acerca do fechamento da usina, o que não pode ocorrer enquanto não existir
uma nova fornecedora do produto, pois o asfalto ali produzido permite que sejam
tapados em média de 800 a mil buracos por dia na capital. A ideia é que se
contrate o serviço de várias empresas, facilitando a logística de atendimento, mas
o isso depende de liberação do TCM.
Os moradores expuseram ao secretário os problemas de saúde
que afetam a todos por conta da poluição e questionaram a demora no atendimento
de suas reivindicações, uma vez que os imóveis construídos no entorno tiveram
autorização da prefeitura e não estão lá de forma irregular.
A reunião resultou num documento assinado por todos, onde o
secretário Marcos Penido se comprometeu a atender de imediato algumas
solicitações que podem reduzir os efeitos danosos do funcionamento da usina, enquanto
não acontece o seu fechamento definitivo.
Marcos Penido acertou também uma reunião de um grupo de
moradores com a gestora da usina de asfalto, no início da próxima semana, para
conversar sobre ações que podem reduzir os efeitos da operação da usina momentaneamente.
O promotor de justiça Geraldo Rangel de França Neto oficializará
ao Conselheiro do Tribunal de Contas solicitando urgência na análise do pregão
que foi suspenso no dia 10/9, uma vez que o fechamento da usina está pendente a
realização do pregão.
A usina de asfalto da prefeitura paulistana, na Barra
Funda, é de longa data um verdadeiro tormento para quem mora nos seus
arredores. Nos últimos 17 anos, a usina, que opera sem licença desde de
dezembro de 2017, recebeu uma dezena de advertências e 25 multas da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Os motivos principais das punições:
barulho, alta emissão de poluentes e contaminação de águas subterrâneas.
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